Em uma floresta mágica cheia de árvores altas e flores brilhantes, vivia um pequeno duende chamado Simón. Simón era especial porque tinha um dom: ele conseguia encontrar brinquedos perdidos. Embora fosse travesso como todos os duendes, ele tinha um grande coração e sempre queria ajudar os outros.
Todas as noites, enquanto todos dormiam, Simón saía de sua casinha feita de folhas e galhos e caminhava pela floresta com sua lanterna mágica. Sua lanterna não só iluminava o caminho, mas também brilhava mais forte quando ele estava perto de um brinquedo perdido. Foi assim que ele encontrou uma boneca esquecida debaixo de um arbusto, um carrinho quebrado em uma poça d’água e até um trem de brinquedo escondido entre as raízes de uma árvore.
Mas Simón não guardava esses brinquedos para si. Em vez disso, ele os consertava cuidadosamente usando cola mágica, tinta brilhante e um pouco de amor. Quando os brinquedos estavam como novos, Simón os levava para um lugar muito especial: uma pequena vila perto da floresta onde viviam crianças que não tinham brinquedos.
Uma noite, enquanto deixava um ursinho de pelúcia consertado na janela de uma criança, ele ouviu uma vozinha atrás dele.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou uma criança pequena que não conseguia dormir.
Simón se assustou no início, mas ao ver o sorriso curioso da criança, decidiu contar seu segredo.
— Eu sou Simón, o duende dos brinquedos perdidos. Procuro brinquedos que ninguém mais quer e os conserto para dar às crianças que precisam deles — disse timidamente.
A criança o olhou com olhos grandes e brilhantes.
— Isso é incrível! Eu nunca tive um brinquedo — confessou a criança.
Simón sentiu um aperto na garganta. Sem pensar duas vezes, pegou o ursinho de pelúcia que havia trazido naquela noite e entregou à criança.
— Este é para você — disse Simón com um sorriso.
A criança abraçou o urso com força, e seus olhos se encheram de lágrimas de felicidade.
— Obrigado, Simón! É o melhor presente que já ganhei!
Desde aquele dia, a criança e Simón se tornaram amigos. A criança o ajudava a procurar brinquedos perdidos durante o dia, e juntos os consertavam e os deixavam na porta de outras crianças que precisavam de um pouco de alegria.
Com o tempo, a floresta e a vila começaram a se encher de risadas. As crianças que antes não tinham brinquedos agora corriam felizes com ursos de pelúcia, carrinhos e bonecas que brilhavam como se tivessem um toque de magia.
Simón nunca buscou reconhecimento ou recompensa. Para ele, a maior felicidade era ver os sorrisos nos rostos das crianças. Ele sabia que, mesmo sendo apenas um pequeno duende, podia fazer algo grandioso para aqueles que mais precisavam.
E assim, todas as noites, Simón continuava a percorrer a floresta com sua lanterna mágica, coletando brinquedos perdidos e se tornando o herói anônimo das crianças sem brinquedos.
Fim. 🧸