Em um prado cheio de flores amarelas e ervas frescas, vivia um coelho chamado Sam. Ele tinha pelo macio como algodão e olhos brilhantes que observavam o céu todas as noites. Sam sonhava em tocar a lua, que parecia uma bola de queijo suspensa sobre as montanhas. Cada noite, ele dava saltos cada vez mais altos, mas por mais que tentasse, a lua continuava distante.
— Por que não consigo chegar? — perguntava-se Sam, ofegante após um salto frustrado.
Um dia, enquanto descansava sob um carvalho, seu amigo coruja sábia falou com voz calma:
— Sam, a lua está muito alta. Mas se você quiser, podemos ajudá-lo.
— Como? — perguntou o coelho, movendo suas orelhas de alegria.
A coruja chamou uma cegonha que voava por perto.
— Ela conhece o segredo das nuvens — disse a coruja.
A cegonha desceu e explicou:
— As nuvens são fofas e podem ser empilhadas como blocos. Se construirmos uma torre, talvez você se aproxime.
Sam saltou animado:
— Vamos tentar!
Juntos, começaram a trabalhar. A coruja usava suas asas para juntar nuvens pequenas, a cegonha as colocava uma sobre a outra com seu bico longo, e Sam as comprimia com suas patinhas para que não se desfizessem. A torre crescia devagar, mas firme.
— Já estamos quase lá! — gritava Sam, subindo nuvem por nuvem.
Quando a torre ficou pronta, era tão alta que tocava as estrelas. Sam subiu até o topo, sentindo o ar frio da noite. Esticou suas patinhas… mas a lua ainda estava distante.
— Não é suficiente! — disse, triste.
Então, a lua, que havia observado tudo, lhe falou com uma voz suave:
— Pequeno Sam, você não precisa me tocar para me admirar. Da terra, seu olhar cheio de sonhos faz com que eu brilhe mais.
Sam ficou parado, olhando para a lua tão perto como nunca antes. As nuvens da torre começaram a brilhar, refletindo sua luz prateada. Era lindo!
— Olhe! — disse a cegonha. — Agora você tem sua própria lua nas nuvens.
O coelho sorriu. Ele havia descoberto algo importante: não era necessário tocar a lua para sentir sua magia. Todas as noites, de sua torre de nuvens, podia vê-la brilhar como se fosse parte dela.
A coruja lhe deu um conselho final:
— Os sonhos às vezes se realizam de maneiras que nem imaginamos. O importante é nunca parar de tentar e aproveitar o caminho.
E assim, Sam continuou saltando, não para tocar a lua, mas para criar novas torres de nuvens com seus amigos. Ele aprendeu que sonhar era divertido, e que compartilhar aventuras era ainda melhor.
Fim. 🐰🌕