A Curious Dream

Um Sonho Curioso 🐧

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Em um canto gelado da Antártida, vivia um pequeno pinguim chamado Piny. Ao contrário dos outros pinguins, que adoravam nadar e deslizar pelo gelo, Piny era fascinado por olhar para o céu. Passava horas observando os pássaros voando sobre sua cabeça, com suas asas estendidas e livres como o vento.

— Por que eu não posso voar? — perguntava-se Piny enquanto observava uma gaivota traçar círculos no ar.

Piny sonhava em sentir o vento sob suas asas e ver o mundo das nuvens. Mas toda vez que tentava mover seus braços como os pássaros, só conseguia dar pequenos pulos desajeitados. Isso o frustrava muito.

Um dia, ele decidiu que já era hora de fazer algo a respeito. Primeiro, tentou bater os braços tão rápido quanto pôde, mas só conseguiu ficar tonto e cair de cara na neve. Depois, subiu no alto de um penhasco e se lançou no vazio gritando:
— Vou voar!

Mas, em vez de subir, caiu direto na água com um grande splash. Os outros pinguins, que tinham estado observando tudo lá de baixo, explodiram em gargalhadas.

— Piny, pinguins não voam! Nós nadamos! — disse um deles entre risos.

Embora todos rissem com carinho, Piny sentiu que seu sonho era impossível. No entanto, ele não desistiu. Logo criou novos planos: tentou construir “asas” com folhas de algas marinhas, mas elas se quebraram antes que pudesse decolar. Também tentou pular de uma pedra segurando dois gravetos como se fossem asas, mas acabou rolando comicamente pela neve.

Seus amigos, embora divertidos com suas ideias, começaram a se preocupar. Uma tarde, sua melhor amiga, uma pinguim chamada Luna, se aproximou dele.
— Piny, por que você não tenta algo que realmente sabe fazer bem? Você é incrível nadando, mais rápido do que qualquer um de nós.

Mas Piny balançou a cabeça.
— Quero ser especial de outra maneira. Eu quero voar.

Então, Luna teve uma ideia. Reuniu todos os pinguins e juntos organizaram uma pequena competição de natação. Eles convidaram Piny a participar, garantindo-lhe que seria divertido. No início, Piny hesitou, mas finalmente aceitou.

Quando chegou o dia da corrida, Piny mergulhou na água fria e começou a nadar. Seus movimentos eram rápidos e graciosos, como se ele fizesse parte do próprio oceano. Para sua surpresa, ele cruzou a linha de chegada antes de todos os outros.

Os outros pinguins aplaudiram emocionados.
— Você é o melhor nadador que conhecemos! — gritaram felizes.

Pela primeira vez, Piny sentiu orgulho do que podia fazer. Ele entendeu que não precisava ser igual aos pássaros para ser especial. Ele era único sendo um pinguim, e isso era suficiente.

Com o tempo, ele deixou de sonhar tanto em voar como antes. Em vez disso, dedicou-se a explorar o oceano, descobrindo lugares mágicos debaixo d’água que nenhum pássaro poderia alcançar. E sempre que sentia saudades do céu, lembrava-se das palavras de Luna:
— Você não precisa de asas para ser livre. Só precisa acreditar em si mesmo.

E assim, Piny aprendeu a se aceitar como era, cercado por amigos que o apoiavam e celebravam seus talentos. Ele descobriu que a verdadeira felicidade está em ser quem você é e aproveitar o que nos torna únicos.

Fim. 🐧

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